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GCAC Grupo de Capoeira Angola Cabula
... Me chamo de Barba Branca, E contigo quero brincar, A Capoeira Angola, os africanos ensinou Na roda da capoeira, eu reconheço seu valor, Eu vou louvando, vou louvando vou louvando, vou rogando a esse pai que nos ensinou. Na roda da capoeira, ele abençoi os jogadores Camaradinha.
Mestre Barba Branca
Mestre Barba Branca
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Projeto Ndandu Kia Vunji


Este projeto foi idealizado pelo Grupo de Capoeira
Angola Cabula (GCAC) em parceria com o Terreiro
São Roque, a fim de dar continuidade a essa
cultura genuinamente afro-brasileira

1.APRESENTAÇÃO :
Este projeto tem como pretensão dar continuidade ao trabalho do Mestre Barba Branca no Grupo de Capoeira Angola Cabula (GCAC) a fim de se propiciar a continuidade dessa atividade de resistência cultural. Tudo isso, utilizando a mesma como instrumento para reforçar a valorização dos questionamentos e aprendizados sobre a vida através das visões de matriz africana.

A capoeira é, entre outras coisas, uma forma de defesa pesoal e um dos pilares de sustenção da nossa identidade cultural da nação. Assim, por ser uma atividade que possui uma pedagogia disciplinar condizente com a nossa realidade étnica/social, ela serve de instrumento para o desenvolvimento educacional, potencializando o crescimento físico e mental dos seus praticantes.

Assim, as aulas de capoeira se dividem em :
Aulas de movimentação física; na qual irá se lecionar o gingado e os movimentos, estimulando o desenvolvimento da coordenação motora, da criatividade e da aptidão física e mental.
Oficinas de Instrumentos Musicais, aqui irá se ensinar cantos (ladainhas e corridos) e toques musicais (do pandeiro, agogô, berimbau,...) potencializando se, assim, a aptidão musical. Fora isso, posteriormente, irá se lecionar a produção dos mesmos a fim de se estimular o trabalho manual.
Formação histórica e cultural da Capoeira Angola, na qual se dará ênfase nas pesquisas sobre as resistências culturais à escravidão, objetivando se informar e discutir as quetões relativas à afro-descendência e à realidade sócio-cultural brasilera.

Com isso, este projeto formara uma esfera de recursos didáticos que propiciará o amadurecimento intelectual e desportivo dos alunos, dando lhes noções de disciplina, respeito, auto-estima e cidadania.

Dessa maneira, estimulando se a cidadania, busca se evitar a dependencia química das drogas e de outros vícios maléficos ao bem estar físico, proporcionado uma maior integração social. Dessa maneira, se potencializará o desenvolvimento do corpo e da mente dos alunos tornando-os futuros mestres com reconhecimentos e méritos.

1.2. Apresentação da Entidade:
Em 1984, Gilberto Reis (Mestre Barba Branca) juntou um grupo de crianças e adolescentes na comunidade do São Gonçalo e bairros vizinhos para ensinar a prática da Capoeira Angola. Com isso, ele iniciou o seu primeiro projeto em parceria com o terreiro Ilê Axé Ópó Afonjá, fortalecendo a relação do grupo com a ancestralidade africana.

Após essa fase inicial, a interação dos alunos com a cultura da capoeira se mostrou um elemento efetivo na formação de suas identidades, dando lhes possibilidades de construirem uma diferente perspectiva de vida. Atualmente, essas crianças e adolescentes se tornaram adultos, alguns deles são atualmente Contra-Mestres e Treineis.

Através do ensino da Capoeira Angola, o Mestre Barba Branca e seus alunos valorizam o aspecto social e educativo da cultura dos afro-descendentes. Realizando um trabalho que objetiva o fortalecimento e a divulgação da prática da Capoeira Angola na sociedade em geral sem distinção de sexo, nacionalidade, profissão, credo religioso ou político.

Atualmente, o GCAC está ministrando aulas no Terreiro São Roque (no bairro do Beiru – atual Tancredo Neves) com um grupo de crianças e pré-adolescentes. Um outro local de interação é o COMOBE (Conselho de Moradores do Bairro da Engomadeira) formado por um grupo de adolescentes e adultos.

Além disso, o COMOBE abriga uma outra iniciativa do GCAC, que trabalha não somente com a capoeira angola, mas também com um projeto de alfabetização de adultos; além da capacitação de alunos para o ingresso na universidade (pré-vestibular). Este curso, chamado de "Quilombo Cabula" (que já está no segundo ano) e que não possui fins lucrativos, visa incentivar a aproximação e, sobretudo, a sensibilização da boa vontade dos órgãos competentes, afim de que estes venham a ajudar as nossas atividades de educação cultural que, há tanto tempo, tenta-se realizar.

 

2.BREVE HISTÓRICO
Um dos primeiros registros da Capoeira Angola data da segunda metade do século XV e está presente num dos livros do padre José de Anchieta (A arte da gramàtica da lingua mais usada na costa do Brasil). Em seus escritos hà o vebete « capoeira » que vem a designar – primeiramente – mata rasteira, do tupi caa-apo eiram; e – secundariamente – local onde negros e amerindios escravizados dançavam e cantavam (normalmente a palavra era usada para designar uma porçao de terra que estava em « descanso » apos a colheita da cana. Por isso, essa porcao era tomada pela mata rasteira, ou melhor, pela capoeira).

No entanto, ainda assim, nao hà uma « certidao de nascimento » da capoeira com filiaçao e data de nascimento. Contudo, sabe-se que ela era praticada pelos mais diversos escravos ja no primeiro século de colonizaçao do Brasil. Além disso muito provavelmente ela teve influencias de algumas tecnicas de luta dos indios e de duas culturas ancestrais africanas : o Ngolo e o Batuque, que no Brasil era chamada de Pernada, (ambas sao uma mescla de passes de danças e de golpes).

Com o passar dos tempos, a capoeira foi se desenvolvendo como instrumento de defesa contra a repressiva politica escravocrata dos senhores de engenho. Assim, o governo colonial passou a perseguir a capoeira tornando-a repudiada, estigmatizada e ilegal.

Somente na década de 1930 – durante o governo da Vargas – eh que a capoeira sai da ilegalidade e torna-se reconhecida como arte genuinamente brasileira. Este reconhecimento abriu as portas para a legalizaçao fazendo com que ela passasse a ser menos discriminada.

Nesse mesmo periodo, a Capoeira foi dividida em duas quando o mestre Bimba criou a «Fisica Regional» que, posteriormente,passou a ser chamada de Capoeira Regiona. E, a tradicional capoeira passou a ser conhecida como : Capoeira Angola.


3.JUSTIFICATIVA
O GCAC busca, preferencialmente, incluir um consideravel numero de crianças de baixa renda – oriundas de um ambiente social que nao lhes propicia uma perspectiva de vida mais satisfatoria. Esse direcionamento tem como finalidade formar um publico de alunos infanto-juvenis e afrodescendentes ; pois, apesar de viverem numa cidade como Salvador (que é um dos importantes centros socio-artisticos do Brasil) essas criancas nao possuem muitas oportunidades de participarem da cultura local.

Haja vista que para isso corrobora a fato dos mesmos enfrentarem impedimentos socio-economicos, além de outros problemas gerados pela discriminaçào racial como: auto-estima rebaixada, auto imagem negativa, carencias de oportunidades profissionais etc.

Tendo em vista isso, o presente projeto pretende atingir duas metas complementares entre si: propiciar a inserçào cultural e dar continuidade à Capoeira ancestral. Assim, poderà se elevar a auto-estima, alem de se positivar a auto-imagem, zelando se pela alteridade e diversidade das geraçoes vindouras.


4.OBJETIVOS GERAIS
O objetivo desse projeto é propiciar na comunidade do Cabula, além das adjacentes, praticas alternativas ligadas à valorizaçào da cultura afro-descendente atraves do ensino da Capoeira Angola. Esse processo de educaçào popular visa integrar a construçào de uma nova cidadania aos valores afro-brasileiros, dentro duma pesrpectiva de consolidaçào dessa identidade cultural.

Assim, o projeto poderà desenvolver um processo de valorizaçào e transmissào da Capoeira Angola, buscando revitalizar a cultura negra presente na identidade e na personalidade dos individuos auxiliados pelo GCAC.

4.1Objetivos Especificos:


Enunciado do Objetivo

Resultados Quantitativos

Resultados Qualitativos

Atividades Principais

Periodo

1-

Valorizaçào e transmissào da Capoeira Angola

Reformulaçào dos tres grupos dos bairros da Engomadeira, Sào Gonçalo e Beiru.

Formar individuos que conheçam a historia da capoeira angola e suas movimentaçoes.

Treinos, organizaçào de « rodas », palestras e seminàrios

Durante toda a execuçào do projeto.

2-

Promover a auto-estima de crianças e adolescentes de comunidades de baixa renda

Estimular e motivar os alunos para os estudos da propria identidade étnica-cultural

Conscientizaçào sobre a historia local

Treinos, organizaçào de « rodas », palestras e seminàrios

Durante toda a execuçào do projeto.

 

5.METODOLOGIA DE ENSINO:
O cronograma de aulas preve tres encontro semanais, cada um com a duraçào de duas horas (totalizando em seis horas semanais). Assim, as atividades serào divididas em:

Aulas pràticas e expositivas :
- Ensino da historia e da filosofia da Capoeira Angola,
- Preservaçào das tradiçoes de ensino oral,
- Desenvolvimento do corpo e da mente

Oficinas de instrmento :
- Ensino dos cantos e os significados,
- Ensino dos toques dos instrumentos,
- Manufatura dos isntrumentos

Apresentaçào nas Escolas e Universidades:
- Organizaçào de eventos,
- Intervençàoa nas Escolas, Universidades, Centros de estudos etc.


6.LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS

O GCAC é uma entidade educacional sem fins lucrativos que, por nao ter recursos financeiros, possui uma série de problemas que comprometem a sua existencia e continuidade enquanto grupo. Contudo, os mesmos poderiam ser resolvidos caso houvessem maiores incentivos e apoios institucionais.

Um dos principais problemas é a evassao causada pela falta de incentivos. Muitos treneis e contra-mestres (no caso adultos) nao participam com a devida frequencia (ou se desligaram) do grupo, devido a necessidade de obter rendas para suas familias. Além disso, algumas crianças possuem carencias financeiras graves, pois nao possuem uma alimentaçào adequada para a pratica do esporte; sem falar na falta de roupas adequadas para os treinos (tenis, calças e camisas).

Um outro problema é a inexistencia de uma sede fixa. Tal aquisiçao possibilitaria centralizar os registros do grupo criando um arquivo central de documentos, fotos e videos; além de um deposito de instrumentos musicais (que se deterioram muito devido ao transporte e a falta de um local adequado para guardà-los). Contudo, como o grupo nao possui perspectivas de resolver esse problema, ainda nao se buscou apressar o custo da constituiçao de um imovel-sede.

Fora isso, poder-se-ia estimular outros eventos como palestras, seminarios e foruns sobre temas diversos da cultura afro-brasileiras como a escravidao, os quilombos, os movimentos libertarios dos escravos etc.

7.PLANILHA DE CUSTOS :

7.1.INSTRUMENTOS:

INSTRUMENTOS:

QUANTIDADE:

VALOR UNITàRIO

VALOR TOTAL

1.Berimbau

10

R$30,00

R$300,00

2.Atabaque

1

R$150,00

R$150,00

3.Agogö

2

R$30,00

R$60,00

4.Reco-reco

2

R$30,00

R$60,00

5.Pandeiro

2

R$30,00

R$60,00

Custo Total :



R$630,00


7.2.SALàRIOS EDUCADORES:

FUNçAO :

VALOR MENSAL:

TOTAL SEMESTRE:

1.Administrador

R$500,00

R$3.000,00

2.Relaçoes Publicas

R$400,00

R$2.400,00

3.Tesoureiro

R$300,00

R$1.800,00

4.Secretario

R$300,00

R$1.800,00

TOTAL:

R$1.500,00

R$9.000,00


 
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